Wilson Bley assume presidência do BRDE com meta de aumentar programas de desenvolvimento

Wilson Bley assume presidência do BRDE com meta de aumentar programas de desenvolvimento

Paranaense ocupava os cargos de vice-presidente e diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul e presidirá a instituição até fevereiro de 2023. Sua gestão será marcada pela aproximação do banco com a sociedade, com políticas públicas voltadas às demandas de empreendedores do campo ou da cidade e dos municípios.

O paranaense Wilson Bley Lipski assumiu nesta quarta-feira (3) a presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Até então ele ocupava os cargos de vice-presidente e diretor de Operações da instituição. O banco atua nos três estados do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – e no Mato Grosso do Sul.

A meta do novo presidente é tornar o BRDE o maior banco de desenvolvimento regional do Brasil. Para ele, este é um caminho possível após os resultados obtidos pelo banco desde 2019, quando Bley e sua equipe assumiram a diretoria no Paraná. Hoje, a carteira tem 32 mil clientes em 1.285 municípios, fazendo do BRDE a 4ª maior instituição entre os bancos de desenvolvimento e agências de fomento no Brasil em ativos e a 2ª maior em ativos, considerando apenas bancos de desenvolvimento puro no Brasil.

Além disso, é a instituição que menos possui inadimplência, de 0,32% nos últimos 90 dias.

Os números, considerados importantes para o banco, são resultados de novos programas adotados pelo BRDE. “Lançamos programas como Jovem Empreendedor e Mulheres Empreendedoras, que mostram uma ação inovadora do BRDE. Somos um banco e não podemos ficar numa trajetória de menos riscos”, declarou Bley.

Para continuar sendo um banco de desenvolvimento diferenciado, afirma Bley, a aproximação com a sociedade deve ser um pilar. “Nossa gestão será marcada pela aproximação da instituição com a sociedade, atuando com políticas públicas voltadas às demandas de empreendedores do campo ou da cidade, pequenos ou grandes e, principalmente, dos municípios. Vamos transformar o BRDE na maior instituição de fomento e desenvolvimento regional do Brasil”, declarou.

Para isso, o banco toma alguns direcionamentos, como a procura por novos fundings. “Vamos sair ao mercado para captar recursos, entregando dinheiro com longo prazo e condições razoáveis de juros. Há cinco anos, 99,3% dos recursos eram do BNDES. Diversificamos e agora a dependência é de 55%”, disse.

Para construção e desenvolvimento do Paraná, Bley completa que o objetivo é aumentar a carteira de crédito aos municípios dentro da visão de geração de emprego e renda. “O BRDE amplia sua carteira de projetos para se aproximar cada vez mais da sociedade, atendendo a uma premissa desenhada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior já no começo da gestão”, pontuou.

CONTRATAÇÕES
De acordo com o BRDE, as contratações em 2021 devem bater na casa dos R$ 3,5 bilhões. Em 2020, foram R$ 3,3 bilhões. Desse total, R$ 1,5 bilhão foi em aprovações no Paraná, valor que indica a aceleração da retomada econômica estadual.

60 ANOS
O banco completou 60 anos em 2021. Criado em 1961 com o desafio inicial de propiciar ganhos de produtividade para uma economia regional à época majoritariamente agrícola, o BRDE nasceu da necessidade de atrair para os estados do Sul melhores fatias das linhas de crédito federal, por muitos anos fonte majoritária de funding.

Segundo Bley, o desafio agora passa a ser os próximos 60. “Administramos esse banco com muita responsabilidade, com conselhos e auditorias de três tribunais de contas e também do Banco Central. Captamos recursos de fornecedores tradicionais como o BNDES, mas aprendemos a buscar de outras fontes. Por exemplo, estamos hoje, em curso, com oito empréstimos internacionais”, arrematou.

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