Indústrias catarinenses vão investir R$ 7,3 bi em 2017

Indústrias catarinenses vão investir R$ 7,3 bi em 2017

Pesquisa da FIESC apoiada pelo BRDE aponta que 67% das empresas pesquisadas farão investimentos este ano

As indústrias catarinenses pretendem investir este ano R$ 7,3 bilhões, de acordo com a pesquisa “Investimento e Competitividade 2017” lançada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) nesta quinta-feira, dia 22. A publicação tem o apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O montante representa ligeira queda frente aos R$ 7,6 bilhões que as participantes do levantamento investiram em 2016. De acordo com os dados levantados, os recursos serão aplicados especialmente na aquisição de máquinas e equipamentos, na ampliação da capacidade produtiva, na atualização tecnológica, na ampliação das instalações e em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, avalia como positivo o valor dos investimentos considerando a atual conjuntura econômica e, principalmente, política. “É importante destacar que 87% das empresas pesquisadas estão com a capacidade de produção adequada à atual demanda. Isso mostra que o industrial catarinense olha para frente”, diz.
Para o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Neuto Fausto De Conto, o empresariado catarinense vem trabalhando para manter a competitividade com redução de despesas e investimentos em inovação. “A pesquisa corrobora a percepção do BRDE, de que a indústria segue investindo. Temos um volume significativo de projetos buscando financiamento”, explica.
O levantamento mostra que as principais estratégias adotadas pelas empresas para elevar a competitividade foram o enxugamento de custos (82%), a qualificação de pessoal (61%), o lançamento de novos produtos (60%) e novas tecnologias (58%), além da busca de novos mercados (51%). “A pesquisa confirma que a indústria enfrenta desafios, mas não se abate. Tem estratégias muito claras e se prepara para a retomada da economia”, acrescenta Côrte.
Na avaliação do Diretor Financeiro Renato de Mello Vianna, a pesquisa mostra que a indústria viu na crise uma oportunidade para rever processos e reduzir custos. “O empresariado catarinense está fazendo a lição de casa. Cortando custos e investindo em inovação. Isso é essencial para que o estado se mantenha competitivo e nossas indústrias possam continuar exportando e ampliando seus negócios no exterior”, afirmou. A pesquisa mostra de 41% dos investimentos projetados tem como destino outros países, especialmente os da América Latina.
Em 2016, as empresas respondentes investiram R$ 7,6 bilhões principalmente na continuação de projetos que já estavam em andamento (56%). Devido à incerteza econômica, 42% das empresas que investiram afirmaram que os projetos não foram realizados integralmente. Entraves burocráticos, dificuldades com financiamento e aumento inesperado dos custos também foram citados.
Inovação – Quando o assunto é inovação os altos custos para aquisição de novos bens e para investimentos em pesquisa e desenvolvimento são os principais entraves citados. Ainda assim, 54% das empresas investem em inovação, especialmente na aquisição de máquinas e equipamentos (60%) e em pesquisa e desenvolvimento (58%). Produtos e processos são as áreas que mais recebem investimento em inovação.

Com Assessoria de Imprensa da FIESC.
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