Neste mês da mulher, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) destaca o trabalho das mulheres que estão à frente de cargos estratégicos do Banco e que são responsáveis por dar vida à instituição que também contribui para o desenvolvimento de muitas empreendedoras brasileiras.
Hoje, 30% dos cargos estratégicos do BRDE são ocupados por elas. Isso significa que das 153 funcionárias do Banco, 25 delas lideram suas equipes. Em 2020, Leany Lemos tornou-se a primeira mulher a assumir a diretoria e a presidência do BRDE. Essas conquistas deram ao Banco o selo Women On Board, que valoriza a existência de ambientes corporativos com a presença de mulheres na liderança máxima das empresas, em conselhos de Administração ou Consultivo.
“O Banco tem mulheres fantásticas em papéis de liderança, que dão o seu melhor pelo desenvolvimento da região, do Brasil e do mundo, porque quando a gente muda o local, a gente muda o global também. Temos muito orgulho disso e continuamos trabalhando para que nenhum homem e nenhuma mulher sejam impedidos de desenvolver seus talentos simplesmente por uma questão de gênero”, afirmou Leany.
E nesse cenário de transformação do papel da mulher, as colaboradoras do BRDE contam suas jornadas de crescimento.
“Quando a gente tem a oportunidade, agarramos e fazemos nosso nome” – Fernanda Santos Silva, Gerente de Operações Adjunta
Fernanda Silva, Gerente de Operações Adjunta do Paraná, acredita que os espaços estão sendo conquistados pelas mulheres, devido à competência delas. “Eu vejo isso na prática. A mulher tende a ter uma postura motivacional mais forte do que o homem, mais generosidade, paciência, ela costuma pensar em todos os aspectos, se colocar no lugar do outro”, diz.
Responsável pelas operações com micro e pequenas empresas e relacionadas ao Fundo Setorial Audiovisual (FSA), a Engenheira Agrônoma e Civil diz que sempre teve referências de mulheres em cargos de liderança no BRDE. “Me inspirei e ainda me inspiro nelas, porque são muito competentes, e é gratificante ver o Banco como exemplo nesse movimento”, conta.
Fernanda também percebe um crescimento da presença de clientes mulheres. Para ela, esse é um processo sem volta: “Se as mulheres são mais da metade da população, tem que ter essa representatividade em todos os setores da sociedade”, defende. Ela acredita que, com igualdade de condições, não haverá mais barreiras.
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Silvia Daniela da Silva Monteiro, Gerente Adjunta de Operações de Florianópolis
“Para avançarmos ainda mais, faltam oportunidades mesmo. Existem pessoas com visões que impedem o avanço das mulheres” – Silvia Daniela da Silva Monteiro, Gerente Adjunta de Operações de Florianópolis
Silvia Daniela da Silva Monteiro, gerente adjunta de Operações, lidera uma equipe de nove pessoas e cuida dos projetos de análise de crédito dos setores de inovação e indústria, na agência do BRDE de Florianópolis. Formada em Administração, Silvia está há 23 anos no Banco. Hoje, ela é a única mulher em sua gerência. “Se me perguntam como os meus colegas me veem, eu respondo que sem nenhuma diferença. O grande problema é ter acesso”, reafirma.
Para ela, as mulheres costumam usufruir da empatia e da habilidade de fazer mais atividades ao mesmo tempo que são ensinadas a elas ao longo da vida nos cargos estratégicos que ocupam. Porém, destaca que ainda há muitos preconceitos na sociedade relacionados à maternidade e à capacidade das mulheres de se doarem para seus cargos.
“Eu fui convidada para ser gerente logo que entrei de licença maternidade pela segunda vez. E, desde a primeira licença, quando retornei, segui com minhas tarefas normalmente. Ou seja, eu sou um exemplo de que essas questões não influenciam em nossa competência”, conta.
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Vera Regina Ferreira Carvalho, Superintendente de Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance
“Os avanços precisam se manter e isso deve ser encarado como algo normal. Aí sim teremos avançado” – Vera Regina Ferreira Carvalho, Superintendente de Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance do BRDE
Vera Regina Ferreira Carvalho, Superintendente de Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance, acredita que, especialmente na área em que atua, “observar qualquer questão por diversos pontos de vista sempre é enriquecedor para os processos”. Por isso, destaca essa habilidade de pensar no coletivo das mulheres como ponto forte delas, bem como a resiliência. Para ela, o avanço na presença das mulheres no mundo empresarial é perceptível e acompanha essa evolução em todas as carreiras:
“Sou economista de formação e em diversas cadeiras era a única mulher, mesmo em turmas de 70 pessoas. Ouvi piadas de que ali não era meu lugar, mas fui aprendendo a reagir e a fazer tudo com dedicação, muito estudo e sempre dar o meu melhor, pois eu sabia que seria testada. Depois, durante muitos anos fui professora de diversas disciplinas na área de economia e havia sempre muitas mulheres na turma”, relata.
Apesar dos benefícios representados pela presença de mulheres em cargos estratégicos nas empresas, ainda há um caminho pela frente até que a igualdade seja alcançada. O preconceito e a dupla, por vezes tripla, jornada ainda são alguns dos desafios a serem percorridos. Entretanto, é por meio da participação cada vez maior das mulheres em empresas tão importantes quanto o BRDE que eles serão superados, porque lugar de mulher é no mundo empresarial, no BRDE, em cargos estratégicos e onde ela quiser.
Visão
O presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, tem a visão de que habilidades específicas das mulheres contribuem para melhorar o ambiente de trabalho. “A mulher geralmente traz a experiência da inteligência emocional nas relações profissionais, o que torna o ambiente mais leve e equilibra eventuais conflitos. Na maioria dos casos, se mostra mais disposta ao aprendizado e ensina com paciência. Todas essas características somadas à competência da função, agregam para que ocupem seu espaço merecidamente”, analisou.
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