Com apoio do BRDE, projeto gera empregos à classe artística de Porto Alegre

Com apoio do BRDE, projeto gera empregos à classe artística de Porto Alegre

Projeto da Associação  Vila Flores conta com o apoio via Lei de Incentivo à Cultura

Como uma alternativa de democratizar o acesso à cultura, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apoia o projeto Vila Flores – Programação Anual. Desenvolvido pela Associação Cultural Vila Flores (ACVF), localizada no bairro Floresta, em Porto Alegre (RS), o projeto tem como objetivo promover apresentações artísticas, atividades formativas, residências, exposições e abrir espaço para diversas manifestações artísticas produzidas na cidade, permitindo o acesso à cultura através da realização das atividades de forma gratuita.

A iniciativa recebeu apoio financeiro do BRDE pela Lei de Incentivo à Cultura nos anos de 2019 e 2020, o valor repassado soma R$ 50 mil. Segundo a presidente da Associação, a gestora cultural Antonia Wallig, os valores foram investidos na remuneração da equipe gestora do projeto, artistas e grupos convidados, arte educadores, profissionais técnicos e serviços necessários para execução das atividades. O Vila Flores se configura como um centro cultural, de inovação e núcleo de práticas de empreendedorismo colaborativo, que abriga espaços de trabalho de artistas e coletivos criativo, locais para apresentações, exposições, espetáculos e atividades educativas. O espaço é reconhecido nacionalmente e internacionalmente como uma importante iniciativa de acesso à cultura e preservação do patrimônio histórico imaterial e arquitetônico.

Desafio durante a pandemia de incluir através da cultura
Fotos: Caroline Jacobi

De acordo com a presidente da ACVF, as atividades do projeto no ano de 2021, mobilizaram um público aproximado de 2.000 pessoas, entre atividades presenciais e online que contaram com tradução em Libras, para promover acessibilidade a todos os públicos. Ainda segundo a presidente, o apoio financeiro do BRDE foi essencial para a realização do projeto, que através das atividades propostas gerou mais de 30 empregos diretos para a classe artística de Porto Alegre. “Proporcionou que o público pudesse voltar a participar de atividades culturais de forma acessível e cuidadosa com todos os protocolos relacionados pandemia”, explica Antonia Wallig.

Os desafios da pandemia e da inclusão social

Para a gestora cultural, a importância do projeto, principalmente no que se refere à inclusão social por meio da cultura, está atrelada a programação cultural de continuidade. ”Tem a potencialidade de promover a relação das diversas linguagens artísticas entre si e com a cidade, buscando compreender a arte como mediadora de processos de transformação urbana, afirmação da diversidade e de  inclusão social e cultural”, comenta.

Antonia Wallig conta que, após o período de isolamento social intenso imposto pela pandemia, foi muito importante poder retomar a produção de atividades culturais em formato híbrido, com público controlado e transmissão online. “Sentimos que os artistas estavam com muita urgência de voltar para a cena cultural e colocar seus trabalhos na rua, e que os momentos de troca direta com o público serão sempre insubstituíveis. As visitas guiadas e atividades formativas focaram na inclusão social de crianças, jovens e adultos de comunidades socioeconomicamente vulnerabilizadas, contribuindo para a melhora da qualidade de vida e a noção de pertencimento sociocultural desse público”, explica.

Projeto promove relação das diversas linguagens artísticas entre si e com a cidade

Segundo a presidente da ACVF, todas as atividades do projeto por conta da pandemia foram readequadas. “Optou-se por oferecer as visitas guiadas e atividades formativas para pequenos grupos (entre 7 e 10 pessoas), a fim de garantir o distanciamento social dos alunos e garantir a prevenção da Covid-19. As atividades priorizaram o uso dos espaços abertos do Vila Flores, com ampla ventilação, disponibilidade de álcool em gel e uso de máscaras por todos envolvidos”, explica.  “A experiência foi superpositiva e nos inspirou a seguir em formato híbrido, entendendo que com cuidado, informação e segurança é possível retomar gradualmente as atividades e garantir todos protocolos necessários ao combate da Covid-19”, enfatiza a gestora cultural.

Apesar da pandemia, segundo Antonia Wallig, o projeto do Vila Flores teve uma programação intensa no ano 2021, promovendo uma série de atividades culturais voltadas para formação e fruição artística. A presidente da Associação conta que foram realizadas duas apresentações de teatro de rua no Pátio Interno do Vila Flores; dois shows musicais, com intuito de fomentar a produção artística; quatro visitas guiadas ao complexo cultural Vila Flores para pequenas turmas de escolas e universidades públicas; e ainda três atividades formativas de artes visuais gratuitas ligadas à produção artística visual e contemporânea. Além de uma oficina de teatro e montagem de performance com apresentação pública  e uma  residência artística e exposição de artes visuais, para as quais  foi realizada a chamada aberta para artistas de Porto Alegre, que contou com 25 inscrições.

 Incentivos Fiscais

Como agente de desenvolvimento social, econômico e cultural da região onde atua, o BRDE tem como política apoiar, através das leis de incentivos fiscais, diferentes projetos sociais, do esporte, da cultura e da saúde. A inciativa constitui parte de sua política de responsabilidade socioambiental e compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aplicando de forma direta recursos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

 

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