BRDE participa de hub de descarbonização e pesquisas espaciais na FIESC

BRDE participa de hub de descarbonização e pesquisas espaciais na FIESC

Iniciativa envolve organizações governamentais e da sociedade com o objetivo de propor soluções para a indústria e tornar o estado referência nestas áreas

Durante a manhã desta quarta-feira (31), o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), representado pelo presidente João Paulo Kleinübing, participou da apresentação na Federação das Indústrias (FIESC) das iniciativas voltadas à descarbonização da indústria e à pesquisa espacial. O objetivo da FIESC é integrar o Governo do Estado e entidades parceiras aos projetos que visam a destacar o estado e torná-lo referência nestes assuntos.

O presidente do BRDE afirma que o banco sempre participa de iniciativas que visam saltos de crescimento na economia catarinense. “É fundamental que sejamos parceiros para que possamos vencer os novos desafios, como o desenvolvimento sustentável e a descarbonização. Esta é uma oportunidade para sermos exemplo e queremos aproximar o BRDE dos grandes projetos que estão avançando em SC”, comentou.

Kleinubing ainda destacou que o banco deixa cada vez mais claro a posição como Banco Verde. Como exemplo, mencionou a presença na COP-28 (Dubai), quando a instituição assinou os Princípios de Responsabilidade Bancária junto à UNEP-FI, que demanda ações concretas para descarbonizar a carteira de crédito nos próximos anos. “O banco quer ser um agente das políticas públicas da economia verde e precisa interagir com as indústrias viabilizando recursos para esta transição”, ressaltou.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, lembra que a descarbonização e os desafios impostos pelas mudanças climáticas devem ser o ponto focal da reunião da cúpula do G20, que ocorre no Rio de Janeiro, em novembro. “Nada mais apropriado do que discutir isso agora, pois sempre estivemos na vanguarda. Ontem mesmo recebemos a embaixadora da União Europeia que nos contou que lá a descarbonização é um assunto que está no centro da agenda”, relatou Aguiar.

Para acelerar a descarbonização da indústria, o SENAI organizou um hub que atua na formação de pessoas, em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para uso em escala e novos modelos sociais. O primeiro programa visa descarbonizar a cadeia de proteína animal, explica o diretor regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira. “É uma agenda permanente e novos integrantes vão sendo inseridos nos grupos de acordo com a adesão ao tema”, detalha. Programas para outras cadeias produtivas também estão abertos.

A serviço da indústria

Entre as soluções que o SENAI já oferece está o inventário de gases de efeito estufa (GEE) e o objetivo é lançar em 2024 um inventário setorial por amostragem para mensurar as emissões da indústria catarinense, contemplando 40 empresas de diferentes portes e setores.

O secretário de estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Ricardo Guidi, destaca que o Brasil tem avançado a passos largos rumo a uma matriz energética mais diversificada e sustentável. “Já temos 88% da nossa matriz de energia renovável. Santa Catarina tem tecnologia de ponta e estamos à disposição para atuar em conjunto, pensando sempre em melhorar a condição do estado”, disse.

Otmar Müller, que preside a SCGás, chamou atenção para oportunidades relacionadas à conversão dos motores da frota de transporte de carga que, segundo ele, consomem 230 milhões de litros de óleo diesel por mês. “A substituição do óleo diesel pelo gás natural representaria 30% menos emissão de gases de efeito estufa. O investimento ocorre na conversão desses motores”, afirma. Na FIESC, a frota de veículos passou a ser abastecida exclusivamente com etanol para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, informou Aguiar.

Projetos ‘New Space’

No encontro, os participantes conheceram ainda as pesquisas aeroespaciais que o SENAI vem conduzindo em parceria com Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Uma das iniciativas foi o lançamento do nanossatélite VCUB1 em abril o ano passado, desenvolvido pela empresa Visiona Tecnologia Espacial e rede parceiros, como o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados.

Outro destaque é a Constelação Catarina, que vai desenvolver 13 nanossatélites – dois deles serão lançados em 2025. “O projeto não se limita a previsões meteorológicas, mas representa uma  plataforma que também tem aplicações no conceito de smart cities. A parceria com o governo é fundamental para que a agenda avance no estado”, observa o diretor-regional do SENAI.

Além da diretoria-executiva da FIESC, participaram também do encontro o secretário-adjunto de Meio Ambiente, Guilherme Dallacosta; o gerente de sanidade vegetal da secretaria de Estado da Agricultura, Mario Verissimo; o diretor-superintendente do Sebrae-SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca; o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto e o presidente da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIESC, José Lourival Magri.

Foto e apoio: FIESC

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