O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) bateu recorde de financiamento para as cooperativas agropecuárias nos últimos cinco anos no Paraná. A agência paranaense do banco contratou um total de R$ 2,46 bilhões no período de 2011 até o fim de 2015.
Somente no ano passado, o BRDE contratou R$ 890,9 milhões para as cooperativas paranaenses. O montante foi 205% superior ao volume de 2014 (R$ 291,5 milhões). A agência ainda financiou R$ 19,5 milhões para cooperativas do Mato Grosso do Sul.
Os recursos têm contribuído para o desenvolvimento do setor no Estado. A combinação de safras recordes de grãos, apoio financeiro, pesados investimentos em tecnologia e profissionalização colocaram o Paraná no topo do setor cooperativista no País.
No ano passado, as cooperativas paranaenses alcançaram R$ 60,4 bilhões em faturamento, 19,6% acima do registrado em 2014, de acordo com dados da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
“Essa parceria de sucesso com as cooperativas paranaenses comprova que o BRDE, ao longo de 55 anos, cumpre bem sua tarefa de acompanhar o crescimento do Estado”, diz Orlando Pessuti, diretor Administrativo do BRDE. “O banco está combatendo a crise econômica nacional estimulando o agronegócio, o cooperativismo, a agroindustrialização e, ao mesmo tempo, gerando emprego e renda”, afirma.
Desde 2011, o banco se dedica a apoiar mais fortemente o processo de agroindustrialização das cooperativas. Atualmente perto de 50% da produção dos cooperados passa por algum tipo de transformação, de acordo com a Ocepar. Dos investimentos de R$ 2,3 bilhões registrados no ano passado por parte das cooperativas paranaenses, 60% foram destinados ao setor de agroindustrialização.
MULTIPLICAR – Paulo Cesar Starke Júnior, superintendente do BRDE no Paraná, destaca o papel do banco em multiplicar efeitos positivos no campo. “Ao colocar o financiamento ao sistema cooperativista no centro da sua estratégia, o BRDE está promovendo a geração de riquezas no campo, agregação de valor e o aumento da renda de inúmeras famílias”, diz. De acordo com a Ocepar, ao todo, o cooperativismo paranaense congrega 1,3 milhão de cooperados, possui 2 mil empregados e gera 2,6 milhões de postos de trabalho.
No ano passado, um dos destaques foi a contratação R$ 109 milhões pela Coamo, de Campo Mourão, para ampliar e modernizar ainda mais sua estrutura de recebimento e armazenagem de grãos em suas instalações no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Em 2016, as cooperativas continuam a ter forte apoio do BRDE. O projeto mais recente é o da cooperativa Frimesa, que vai investir R$ 2,7 bilhões em um frigorífico para abate de suínos em Assis Chateaubriand, na região Oeste. Parte desse valor será financiado pelo banco.
A capacidade de abate da nova unidade será de 15 mil animais por dia. A previsão é de que sejam gerados 5,5 mil empregos diretos empregos quando a unidade atingir a capacidade máxima.