BRDE e CAF firmam contrato no valor de US$ 70 milhões para financiar investimentos na Região Sul

BRDE e CAF firmam contrato no valor de US$ 70 milhões para financiar investimentos na Região Sul

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE e o Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF firmaram, na tarde desta quinta-feira (27), contrato que estabelece linha de crédito no valor de US$ 70 milhões – cerca de R$ 392 milhões ao câmbio atual – para financiar empreendimentos que contribuam para a retomada do desenvolvimento sustentável na Região Sul do Brasil, onde o BRDE opera. Esta é a primeira parceria estabelecida entre as duas instituições financeiras.

 

O evento, transmitido pelo canal do BRDE no YouTube, teve a participação do vice-presidente do CAF para o setor privado, Jorge Arbache, e do representante no Brasil, Jaime Holguín. Pelo BRDE, o diretor-presidente, Luiz Corrêa Noronha,  do vice-presidente e diretor de Operações, Wilson Bley Lipski, do diretor Administrativo, Luiz Carlos Borges da Silveira, e do diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Vladimir Arthur Fey,  na presença do Conselho de Administração do Banco; do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; do vice-governador do Paraná, Darci Piana, e do representante do Governo de Santa Catarina, Juliano Chiodelli, chefe interino da Casa Civil.

 

Conforme esclareceu o diretor-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, as operações contratadas deverão promover, no mínimo, um dos seguintes aspectos: aumento da produtividade; inovação; inclusão financeira; desenvolvimento de infraestrutura econômica e social; eficiência energética/energias renováveis; e agronegócio. Os beneficiários finais são clientes do BRDE, dos setores privado e público, com ênfase para micro, pequenas e médias empresas, produtores rurais, cooperativas e municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

 

Capital de giro

Entre os itens financiáveis estão capital de giro e comércio exterior; emissão e confirmação de cartas de crédito; emissão de garantias e/ou avais; aquisição de equipamentos e bens de capital; projetos de pré-investimento e investimento (CAPEX).

 

“Uma grande inovação é a possibilidade de capital de giro desassociado de investimentos e também de trabalharmos com reestruturação financeira e de dívidas”, informou Noronha. “Trata-se de uma linha de crédito bastante flexível, tanto nas atividades financiadas como nos setores beneficiados. Outro aspecto relevante é que essa linha, não soberana e não comprometida, é renovável anualmente e também rotativa, ou seja: sempre que houver amortizações por parte do BRDE, os recursos voltarão a ficar disponíveis para novos financiamentos”, explicou o diretor-presidente.

Adicionalmente, há possibilidade de que os financiamentos sejam tomados em dólares norte-americanos ou em reais. Os desembolsos poderão ser realizados com a cobertura de um swap em taxa fixa (US$) ou indexada em CDI e em moeda local.

 

“O potencial dos bancos regionais de desenvolvimento de contribuir para o sucesso da retomada econômica após a crise de Covid 19 é inegável. Por isso, acreditamos que essa linha de crédito, voltada majoritariamente para micro e pequenas empresas do Sul do Brasil, terá um impacto fundamental nos negócios locais e regionais. A expertise do BRDE, a agilidade dos desembolsos e a flexibilidade na utilização dos empréstimos aos empreendedores asseguram o sucesso da parceria que iniciamos agora”, declarou Jaime Holguín, representante do CAF no Brasil, lembrando que já existem várias parcerias do banco nos estados do Sul, como em Santa Catarina com a pavimentação de rodovias do Programa de Integração Viária do Planalto Norte, em Caxias do Sul e, sobretudo em Porto Alegre com a revitalização da orla do Guaíba.

 

O vice-presidente do CAF para o setor privado, Jorge Arbache, disse que os bancos regionais de desenvolvimento são peças-chave no desenvolvimento local, na produtividade e na competividade. “Estes bancos têm conhecimento do terreno e podem fazer a diferença na identificação e na solução dos problemas, com equipes muito bem preparadas, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas, ainda mais agora nesta época de pandemia”, destacou.

 

Diversificação de funding

 

“O evento de hoje marca definitivamente o esforço conjunto da Diretoria para cumprir com o dever social e institucional do BRDE, que é dar apoio, emprego e fomentar o desenvolvimento nos três estados do Sul”, avaliou o vice-presidente e Diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski, destacando a diversificação de funding do Banco, como marca do evento.

 

Segundo Bley, existe um esforço enorme do BRDE na busca de recursos internacionais, para que os limites dos fundings nacionais possam ser ampliados e mantidos. “Nós mantivemos inúmeras tratativas como com a AFD, Banco Mundial, BID, BEI, além do CAF. Temos hoje nove operações em curso que nos dará maior possibilidade de entrega de crédito”.

O diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Vladimir Arthur Fey, ressaltou o sucesso da assinatura do contrato como forma de pulverizar ainda mais os recursos em toda Região Sul do País beneficiando um conjunto de empreendedores, empresários e comerciantes muito específicos como as micros, pequenas e médias empresas, assim como empreendedores individuas e do agronegócio.

Para o representante do Governo de Santa Catarina, Juliano Chiodelli, chefe interino da Casa Civil, a assinatura do contrato é uma iniciativa louvável por que visa melhorar a qualidade de vida dos moradores dos três estados do Sul. “Estes recursos vêm numa hora muito importante aonde todos os números da economia decresceram e, desta forma, possibilitarão na retomada do desenvolvimento”.

“Estes recursos serão fundamentais para a retomada da economia dos três estados com a contratação de mais mão de obra, abertura de novos empregos e geração de renda dando dignidade a estas pessoas”, disse o vice-governador do Paraná, Darci Piana.

Já para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, “é fundamental termos um banco como o BRDE fortalecido com a diversificação na sua carteira de recursos possíveis de serem acionados para investimentos nos nossos Estados, especialmente neste momento de expectativa pelo pós-pandemia, para dar suporte à recuperação econômica e gerar renda aos gaúchos, assim como a catarinenses e paranaenses”, destacou.

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