BRDE avança na captação de R$ 2 bilhões em recursos de fundos internacionais

BRDE avança na captação de R$ 2 bilhões em recursos de fundos internacionais

Matéria em parceria com Grupo Amanhã

Em mais um importante passo na sua política de diversificação das fontes de recursos implementada nos últimos anos, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) está ampliando sua parceria com instituições internacionais. A recente autorização da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) permitirá ao banco captar cerca de R$ 2 bilhões, aumentando sua oferta de crédito especialmente para projetos alinhados às áreas da inovação e sustentabilidade. Os novos fundings têm como origem operações junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), ligado ao Banco Mundial.

Os valores permitirão, também, que o BRDE financia diferentes projetos de desenvolvimento para empresas de todos os portes da região Sul, assim como para municípios, parcerias público-privadas e outros. “O momento é de alta demanda por crédito diante da retomada na economia no pós-pandemia em vários setores produtivos. Além de sinalizar para a credibilidade do BRDE em escala global, as parcerias junto a estes organismos internacionais irão reforçar ainda mais nossa atuação voltada a projetos comprometidos com as pautas de sustentabilidade e inovação”, destaca o diretor de planejamento do banco, Otomar Vivian. Ele salienta que as linhas de crédito em moeda estrangeira estão se mostrando bastante competitivas diante do contexto de alta na taxa Selic. “Como o BRDE preferencialmente apoia projetos de longo prazo, percebe-se maior interesse por operações com esse perfil”, descreve.

Diversificação 

O processo de diversificação de suas fontes de financiamento iniciou no BRDE ainda em 2015. Na época, identificou-se a necessidade de novos financiadores nacionais e internacionais com o objetivo de reduzir a dependência do Sistema BNDES, que, naquele momento, respondia pela quase totalidade dos recursos repassados pelo BRDE. Foi então que constituiu a Política de Operações com Recursos Externos, com o objetivo de estabelecer condições para apoio financeiro pelo BRDE através da utilização de recursos captados de instituições internacionais, constituindo o conjunto de normas específicas que compõem a Política de Crédito do BRDE.

A decisão de destinar os recursos para projetos nas áreas de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento não foi à toa. O BRDE entende os três temas como pilares fundamentais de um banco de desenvolvimento. “Todos os projetos apoiados pelo BRDE invariavelmente refletem na geração de emprego e renda, assim como na geração de tributosEsses reflexos naturalmente alicerçam o desenvolvimento”, reflete o superintendente de planejamento e sustentabilidade do banco, André Andersson Chemale. Para ele, oferecer fundos com foco nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU contribuir com a agenda 2030 através do combate à pobreza e à violência em suas diversas dimensões; da proteção do meio ambiente; e da garantia de que todos possam ter o direito assegurado de paz e prosperidade. Já apoiar a inovação significa apoiar a criatividade, o know-how e a tecnologia, elementos necessários para alcançar as Metas de Desenvolvimento Sustentável em todos os contextos.

Em termos de rating, o BRDE possui ótimas avaliações por duas agências internacionais de renome, a Moody’s (Ba3, estável) e a Fitch (BB-, estável), na avaliação de longo prazo em moeda local. Com a última, o rating possui mesmo patamar do soberano da União. E o objetivo do banco não é parar por aí, e sim seguir crescendo e melhorando seus processos cada vez mais. “Queremos replicar as boas experiências, mas também buscar outras fontes que nos permitam ampliar a gama de setores e tipologias de investimentos da nossa região, mantendo a contribuição para um desenvolvimento econômico e sustentável sob todos os aspectos”, Chemale finaliza.

VOLTAR