Banco ampliou “pegada da sustentabilidade” com incremento de parcerias internacionais, destaca diretora do BRDE

Banco ampliou “pegada da sustentabilidade” com incremento de parcerias internacionais, destaca diretora do BRDE

A maior presença de instituições financeiras internacionais nas operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que atualmente já respondem por um terço dos fundos, garantiu maior alinhamento dos projetos financiados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “O banco ganhou em autonomia, maior visibilidade e uma pegada de sustentabilidade. Financiar atores locais significa que estamos mudando o mundo”, destacou a diretora de Operações, Leany Lemos, durante participação no “Tá na Mesa”, nesta quarta-feira (23/3), evento organizado pela Federação das Entidades Empresariais do RS (Federasul).

Após mencionar os avanços que o Estado alcançou em termos de equilíbrio fiscal após a aprovação das reformas, a diretora salientou a importância de bancos de fomento em favor do desenvolvimento econômico e social, em especial em economias ainda em desenvolvimento, que é o caso do Brasil. “Isso ajuda a reduzir riscos de longo prazo. Mas o país precisa assumir uma agenda de reformas que o Rio Grande do Sul já fez, em especial na área previdenciária”, acrescentou.

Na visão da diretora do BRDE, agora que o RS conseguiu apresentar resultados orçamentários positivos depois de muitos anos, é preciso seguir gerindo as finanças públicas com responsabilidade fiscal, seguir no processo de desburocratização e apostar fortemente na educação. “Temos aqui uma taxa negativa de migração, ao redor de 6%. Precisamos investir para fixar jovens e segurar nossos talentos”, apontou ela.

Evento tratou de cenários de investimentos no RS
Fotos: Divulgação Federasul

Leany Lemos salientou, também, que o BRDE atingiu em 2021 a marca de R$ 4,18 bilhões em operações de crédito na Região Sul, sendo que mais de R$ 1,42 bilhão de investimentos apenas no RS. Ela citou que a carteira do banco atualmente é de R$ 14 bilhões, com um índice de inadimplência ao redor de 0,58%, muito abaixo de outros bancos públicos e privados. Ele mencionou que 2021 foi um ano importante para o banco que, ao reorganizar sua matriz de macroprogramas, criou novos produtos como os financiamentos para energias renováveis, microfinanças e mulheres empreendedoras.

Com foco nos cenários de investimentos para a economia gaúcha, o “Tá na Mesa” teve, também, entre os palestrantes convidados o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum; o CEO do Grupo Cobra, Jaime Llopis; e o diretor da Seara/JBS, Fabio Soares. O diretor de Planejamento do BRDE, Otomar Vivian esteve presente ao evento, assim como o superintendente da Agência de Porto Alegre, Maurício Mocelin. Ao abrir o painel, o presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, lembrou da conjuntura local, nacional e internacional e disse que “continua nos desafiando”.

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