Apoio do BRDE ajuda a manter bolsa-auxílio de atletas da Associação Gaúcha de Futebol para Cegos

Apoio do BRDE ajuda a manter bolsa-auxílio de atletas da Associação Gaúcha de Futebol para Cegos

O ano de 2020 foi um período que impôs muitos desafios e mudanças por conta do início da pandemia do novo coronavírus. Na Associação Gaúcha de Futebol para Cegos (Agafuc) não foi diferente. Com as medidas de distanciamento social, as atividades presenciais na entidade tiveram de ser suspensas, fazendo com que a associação se readaptasse para manter os atletas ativos. A equipe é tricampeã da Super Copa do Brasil e tetracampeã do Brasileiro de Futebol de Cinco, além de heptacampeã do Regional Sul de Futebol de Cinco.

Desenvolvido pela entidade na cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), o projeto ´Olhar no Presente, Visão de Futuro´ tem como objetivo promover o esporte adaptado para deficientes visuais e incentivar a participação das modalidades esportivas como forma de inclusão. Por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, há quatro anos o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apoia o projeto, cuja prática é fundamental para o aumento da autoestima, motivação, autonomia e independência dos atletas.

Desde 2017, foram repassados R$ 85,1 mil para a Associação. “Neste momento de pandemia tivemos muitos cortes nos apoios que recebíamos, principalmente de patrocinadores diretos, e dessa forma o patrocínio via da Lei de Incentivo ao Esporte (realizado pelo BRDE), foi de extrema importância”, revelou o tesoureiro da Agafuc, Pedro Beber. Segundo ele, este valor foi utilizado para contratação de recursos humanos, aquisição de materiais esportivos e uniformes, fornecimento de alimentação e pagamento de bolsa-atleta, bem como materiais de comunicação e assessorias técnicas especializadas.

Um projeto de sucesso

Fundada em 2010, com a proposta de qualificar e profissionalizar o processo de gestão do futebol de cinco para cegos, a Associação obteve êxito fazendo ótimas campanhas e conquistando títulos. Mas, com as competições paralisadas e a impossibilidade de realizar treinamentos presenciais, a Agafuc segue com sua preparação, mantendo 20 atletas em casa, realizando exercícios e assegurando os cuidados de saúde necessários no enfrentamento à  pandemia de COVID 19. “O apoio do BRDE foi fundamental para conseguirmos manter a bolsa-auxílio para os atletas do projeto”, explicou Beber.

Mais que uma equipe, uma família Foto: Divulgação

Para este ano de Jogos Paraolímpicos de Tóquio, o apoio do BRDE foi decisivo na preparação dos seis atletas da entidade que integram a Seleção Brasileira de Futebol de Cinco, entre eles Ricardinho — uns dos melhores jogadores dessa modalidade, eleito o melhor jogador do mundo em 2006, 2014 e 2018. Atualmente muitos atletas de diversos locais do Brasil procuram a Agafuc, pois a consideram uma entidade de excelência que serve de referência para outras associações.

No entanto, os resultados não ficam restritos somente às quadras. As melhorias nas questões pessoais e sociais dos atletas fazem com que eles se sintam como uma família. “Os resultados no esporte acontecem devido à reciprocidade entre os envolvidos, bem como o reflexo da nossa união, amizade, engajamento e parceria entre nossos atletas, diretoria, profissionais da comissão técnica, apoiadores e patrocinadores”, concluiu Beber.

Incentivos Fiscais

Como agente de desenvolvimento social, econômico e cultural da região onde atua, o BRDE tem como política apoiar, através das leis de incentivos fiscais, diferentes projetos sociais, do esporte, da cultura e da saúde. A inciativa constitui parte de sua política de responsabilidade socioambiental e compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aplicando de forma direta recursos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Os pedidos de apoio aos projetos são recebidos exclusivamente em meio eletrônico, através do Portal de Incentivos, disponibilizado no site do BRDE. No ano passado foram selecionados 106 projetos nos três estados, que totalizaram R$ 4,3 milhões.

 

VOLTAR