A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu ao BRDE, em outubro, o rating BB/AA. Embora o fraco desempenho da economia, o Banco manteve o indicador equivalente à classificação do Brasil.
A Fitch considerou que os ratings do BRDE refletem o papel estratégico do banco de desenvolvimento altamente integrado e operando em linha com as políticas econômicas de seus estados controladores, RS, SC e PR. O BRDE apresentava moderada concentração nos vinte maiores tomadores de crédito (24% em junho de 2016), com participação relevante de financiamentos de grandes cooperativas agroindustriais.
A carteira de crédito do BRDE é, em parte, voltada para financiamentos rurais ou agroindustriais (cerca de 70%), setor fortemente influenciado por fatores climáticos. Esses riscos, porém, são mitigados pelo suporte do governo federal ao setor, através de programas específicos para securitização, prorrogação de prazos, concessão de bônus e/ou equalização parcial das dívidas e também pelo fato de a carteira do banco estar mais exposta a agroindústrias de proteínas, o que acaba beneficiando seus bons índices de qualidade de crédito.
O BRDE permanece na posição entre as melhores instituições financeiras nacionais e reforça suas possibilidades de captação de recursos no exterior para investimentos na Região Sul.
Os ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e em Moeda Local (IDRs) atribuídos ao BRDE foram BB. Os ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor de Curto Prazo em Moeda Estrangeira e em Moeda Local concedidos ao Banco se mantiveram em B. O Rating Nacional de Longo Prazo foi AA(bra), que classifica emissores que possuem uma expectativa de risco de inadimplência muito baixa em relação a outros emissores.
O Rating Nacional de Curto Prazo F1+(bra) sinaliza a mais forte capacidade de pagamento, o menor risco de inadimplência em relação a outros no Brasil. Além disso, o perfil de liquidez do Banco foi avaliado como muito forte, o que levou à atribuição ‘+’.