Mais de 84% das operações do BRDE estão vinculadas às metas globais do desenvolvimento sustentável 

Mais de 84% das operações do BRDE estão vinculadas às metas globais do desenvolvimento sustentável 

Atuar no apoio a projetos estratégicos em termos de fortalecimento da economia da região Sul do país, mas com maior alinhamento possível às metas de ação global da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. É com essa premissa que o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) atingiu, no primeiro semestre deste ano, uma marca importante: 84,2% as operações diretas contratadas no período têm vinculação com ao menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conjunto de metas estabelecidas pelas Nações Unidas a serem alcançadas até o final da década.

Através de um projeto-piloto e pioneiro entre os bancos de fomento no Brasil, a análise envolveu um valor total de R$ 1,1 bilhão em financiamentos contratados nos três estados. Deste volume em crédito, mais de R$ 924 milhões tiveram aderência a um ou mais entre os 17 Objetivos.

É o caso de projetos de geração de energia solar destinados ao consumo de empresas e produtores rurais que, além do ODS 7 (Energia Limpa e Acessível) como enquadramento principal, estão presentes na agenda da gestão dos recursos naturais (ODS 12) e das metas climáticas (ODS 13). O mesmo contrato de financiamento, por vezes, ainda está presente o vínculo ao ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico) ao destinar crédito para micro e pequenas empresas.

“É um resultado bastante expressivo e reflete, em termos práticos, o compromisso do BRDE de estar alinhado à agenda da sustentabilidade, aliando crescimento econômico com um legado social e ambiental. Fazer na nossa cidade, na nossa região, significa impactar de maneira global”, destaca a diretora-presidente, Leany Lemos. O estudo confirma esse alinhamento mencionado pela presidente, ao mencionar que o impacto total das operações do banco no primeiro semestre alcança 112,1% do valor contratado, o que significa algo acima de R$ 1,2 bilhão

Segundo a presidente, nos últimos anos o banco incorporou a agenda da sustentabilidade ao próprio planejamento estratégico, processo esse que foi acelerado com a participação de instituições internacionais na formação do funding. “Na medida que o BRDE busca essas parcerias para ampliar sua capacidade de atender a demanda na região Sul, automaticamente reafirma seus compromissos com o desenvolvimento sustentável”, acrescentou ela.

Destaques 

Conforme aponta o estudo, os maiores impactos positivos estão nas contratações direcionados ao ODS 2 (segurança alimentar e agricultura sustentável), que isoladamente alcançou R$ 460 milhões em financiamento. Deste montante, 81% decorre de crédito para as cooperativas agroindustriais. Outros projetos importantes são de armazenamento de grãos, irrigação, agricultura de baixo carbono, agricultura familiar, entre outros.

Para o diretor de Planejamento do BRDE, Otomar Vivian, o alto percentual de vinculação das operações do banco com as metas globais de sustentabilidade significa um diferencial para a região Sul. “O BRDE é um parceiro histórico do agronegócio e, através dos projetos que apoia, vem oportunizando ganhos de produtividade com respeito às questões ambientais. Ao mesmo tempo, o banco está sintonizado com as demandas por inovação na indústria, no apoio aos municípios nas questões de saneamento e na geração de energia com fontes limpas. É um legado importante para as novas gerações”, destaca o diretor.

Neste ranking de vinculação das operações o ODS 8 (crescimento e emprego decente) vem na sequência, com R$ 215 milhões aplicados na disponibilidade de crédito, direcionados em especial para micro e pequenas empresas (total de R$ 170 milhões, considerando a participação de parceiros operacionais do BRDE para atender a esse cliente). As contratações tiveram maior foco no crédito para capital de giro e atenuar os efeitos da pandemia de Covid-19 neste segmento. O mesmo ODS compreende a modernização tecnológica das empresas, que contou com R$ 34 milhões em projetos financiados.

Já o ODS 3 (saúde de qualidade) teve ótimo expressivo no primeiro semestre em decorrência de financiamento à construção de um importante hospital no Rio Grande do Sul que irá refletir na ampliação de leitos e melhoria das condições de atendimento à população em saúde pública. O alinhamento ao ODS 3 respondeu a contratos no valor total de R$160 milhões.

Cada vez mais ocupando escala na carteira do banco, os projetos de construção de centrais geradoras hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas na geração de energia limpa tiveram R$ 74 milhões em financiamento, com destaque para projetos em Santa Catarina e no Paraná. Também alinhados ao ODS 7(energias limpas e renováveis), a geração distribuída fotovoltaica, permitindo o autoconsumo e a compensação do excedente disponibilizado nas redes de distribuição, registrou R$ 11 milhões em contratos.

Demais vinculações: 

  • ODS 6 (água potável e saneamento) – R$ 59 milhões em operações contratadas. Destaque para dois contratos com concessionária de tratamento de água e esgoto em município do estado de Santa Catarina; 
  • ODS 5 (igualdade de gênero) – R$ 5 milhões em contratações no primeiro semestre, em especial após o lançamento em março do programa BRDE Empreendedoras do Sul, e
  • ODS 12 (produção e consumo sustentável) – análise identificou R$ 115 milhões em projetos de gestão e uso sustentável dos recursos naturais e projetos de redução, reuso e reciclagem de resíduos.

Resultado operacional 

Na última semana, o BRDE divulgou o balanço financeiro do primeiro semestre de 2021. Com mais de 1.400 operações de crédito aprovadas neste período, o banco registrou um lucro líquido de R$ 130,495 milhões. Trata-se do melhor resultado nominal já alcançado na série histórica que inicia em 2001. Com destaque para o resultado operacional e uma forte recuperação de créditos, o lucro apurado é 57% superior na comparação aos primeiros seis meses de 2020.

 

 

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