O BRDE e os ODS

Alinhamento das operações aos ODS em 2024.

O alinhamento da carteira é obtido pelo percentual do valor das operações contratadas com alinhamento a pelo menos um ODS, conforme a Tipologia Sustentável de Projetos/Atividades (TSPA). Em 2024 este percentual alcançou 82,0% no ano, representando um montante total de R$ 4,9 bilhões.

As operações diretas contribuíram com um alinhamento de 80,4% e as operações indiretas, aquelas realizadas por intermédio de parceiros operacionais, com alinhamento de 86,8%. Contratos realizados na agência de Porto Alegre contribuíram com um alinhamento de 82,8%, na agência de Florianópolis com alinhamento de 80,5% e na agência de Curitiba com alinhamento de 82,4%.

 

Contribuições esperadas a cada Objetivo Sustentável

Na visão dos ODS seguimos as diretrizes de entendimento da ONU sobre a VISÃO INTEGRADA E INDIVISÍVEL da agenda 2030. Na agenda sustentável as dimensões econômica, social e ambiental precisam estar minimante integradas. Disso decorre a transversalidade das metas entre objetivos diferentes. Se um projeto contribui para mais uma meta em ODS diferente importa contabilizá-lo integralmente em todos eles, para que não se percam de vista todos os benefícios.

Dizemos que bons projetos multiplicam benefícios. Assim, a contribuição total apresentada na visão dos ODS é superior ao valor financiado no período na proporção da transversalidade verificada (26,2%). Seguem os resultados para os projetos contratados em 2024:.

 

Em destaque a contribuição dos projetos financiados com impacto esperado no ODS 2 daSegurança Alimentar e Agricultura Sustentável para o qual 44,7% das operações devem ter algum nível de contribuição para suas metas. Sobretudo destaca-se a participação das cooperativas agroindustriais com investimentos em propósito de qualificar a infraestrutura de produção rural (R$1.411 milhões), mas também em projetos associados a pequenos produtores de alimentos (R$1.080 milhões), a produção em sistemas sustentáveis (R$151milhões) e a produção de sementes (R$2 milhões).

Para o ODS 8 do Crescimento Sustentável espera-se contribuição em 23,9% da contratos firmados em 2024. Em destaque estão contabilizados diversos financiamentos para recuperação econômica emergencial (R$681 milhões) em especial após os efeitos das enchentes no estado do RS. Além disso, existem diversos projetos com o propósito de empreender modernização tecnológica a partir de recursos FINEP (R$467 milhões) e projetos com o propósito de promover acesso financeiro a pequenas empresas (R$264 milhões).

 

Para o ODS 10 da Redução das Desigualdades o contexto de atuação do BRDE tem impacto esperado na Inclusão Econômica por intermédio de financiamentos direcionados à agricultura familiar (R$960 milhões) incluindo as ações das cooperativas PRONAF. Ao todo este objetivo contou com R$973 milhões, ou 16,4% do valor dos contratos realizados.

O ODS 12 da Produção e Consumo Sustentáveis é um objetivo agregador de todos os investimentos amigáveis com o meio ambiente em suas diversas temáticas. Resume o que
denominamos de carteira verde e estará em destaque nos dois tópicos seguintes, em que são tratados os benefícios climáticos. O ODS 12 está fortemente relacionado aos ODS 7 e ODS 13 e representou 12,4% dos contratos em 2024.

No ODS 13 da Ação Climática, existem diversas tipologias de projeto/atividade sobre as quais se espera algum impacto climático, totalizam R$839 milhões, ou seja, 14,2% do valor contratado. Além dos projetos de geração de energias limpas e renováveis do ODS 7 destacam-se ainda projetos da agricultura de baixo carbono, uso e reciclagem de resíduos e florestas comerciais plantadas.

Projetos do ODS 7 das Energias Limpas e Renováveis, em especial geração em PCH, CGH e sistema fotovoltaico, alcançaram R$438 milhões em financiamento, ou seja, 7,4% dos contratos estão direcionados para geração, eficiência e distribuição de energias limpas e renováveis. Estes projetos terão impacto esperado também nos ODS 13 da ação climática e ODS 12 da Produção e Consumo Sustentáveis.

NOTA METODOLÓGICA

A metodologia de alinhamento aos ODS do BRDE passa pela definição de uma Tipologia Geral de Projetos/Atividades Sustentáveis. Essa tipologia é adequada ao contexto de atuação histórica do banco, suas políticas de crédito e da região de sua atuação. Todas as operações diretas são avaliadas individualmente conforme o objetivo do financiamento, a natureza das atividades do tomador do financiamento bem como de seu porte ou outra característica especial como o caso do empreendedorismo feminino.

Cada projeto dito sustentável está enquadrado na TGPAS o que define uma meta de contribuição, dentre as 169 metas dos ODS, definido com alinhamento ALVO. Contudo, os projetos podem contribuir para mais de um ODS conforme a VISÃO INTEGRADA E INDIVISÍVEL, o que nos permite explorar a riqueza do conceito de sustentabilidade e as interações entre as metas da agenda 2030.

Duas visões emergem desta metodologia, a VISÃO DA CARTEIRA, que contabiliza apenas os alinhamentos ALVO e permite definir um alinhamento como um percentual da carteira contratada no ano. E uma VISÃO DOS ODS, que contabiliza os financiamentos tantas vezes quantos forem os ODS de alinhamento, gerando um efeito multiplicador desejável. Um projeto de energias limpas e renováveis, por exemplo, está alinhado ao ODS 7 das Energias Limpas e Renováveis como ALVO, mas contribui para metas de outros ODS, como o ODS 12 da Produção e Consumo Sustentáveis e o ODS 13 da Ação Climática.

A metodologia está atualmente em revisão da tipologia de projetos sustentáveis e aprimoramento de seu processo, devendo apresentar seus novos resultados a partir do ano de 2026.




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