Projetos de energia renovável e pecuária lideram financiamentos do Banco do Agricultor Paranaense via BRDE

Projetos de energia renovável e pecuária lideram financiamentos do Banco do Agricultor Paranaense via BRDE

Com mais de R$ 305 milhões em crédito liberado e R$ 80 milhões em subvenção, programa estadual fortalece o agronegócio com foco em energia renovável, pecuária e sustentabilidade.

Até o momento, foram aprovados 2.171 projetos, totalizando R$ 305 milhões em crédito e R$ 80 milhões em subvenção econômica. Os recursos são viabilizados por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que permite a devolução parcial ou total dos juros pagos pelos produtores, conforme critérios definidos no Decreto Estadual nº 10.163, atualizado em maio de 2025.

O Banco do Agricultor Paranaense, programa do Governo do Estado em parceria com o BRDE e a Fomento Paraná, é uma das principais ferramentas de incentivo ao desenvolvimento do agro no Paraná. Desde seu lançamento em 2021, o BRDE acompanha de perto o crescimento do programa que já beneficiou milhares de produtores com crédito subsidiado, promovendo crescimento econômico e sustentabilidade em todas as regiões do estado.

A gerente operacional Carmem Truite define o programa como uma iniciativa que alia estratégia e cuidado com o produtor, “O Banco do Agricultor é um movimento muito importante do governo do estado, porque mostra que tem um olhar atento para as atividades que realmente fazem diferença na economia do Paraná. Existe uma preocupação real com a agricultura familiar, que precisa de incentivo constante, porque é fonte de sustento para muita gente. Além do estímulo financeiro, o programa exige assistência técnica para ajudar o produtor a saber onde investir, como fazer, e não acabar errando por falta de orientação”.

Equalização de juros: crédito mais acessível

A equalização de juros é o principal mecanismo do programa. Trata-se da devolução, pelo Governo do Estado, de parte ou da totalidade dos juros pagos pelos produtores em financiamentos contratados. Essa devolução varia de acordo com o porte do produtor, o tipo de atividade financiada e o município onde o projeto será executado. Em regiões com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média estadual, o valor devolvido tende a ser maior, como forma de incentivo ao desenvolvimento regional.

Na prática, a equalização reduz a taxa de juros do financiamento, tornando o crédito mais acessível e estimulando o investimento em atividades estratégicas para o agronegócio paranaense. “O principal ponto do programa é se adaptar à realidade de cada produtor, seja qual for sua localização. Em regiões com mais obstáculos, a equalização de juros garante que esses produtores tenham condições de investir sem ficar em desvantagem. É uma forma de fazer o desenvolvimento acontecer de maneira mais equilibrada, alcançando todos os cantos do estado”, explicou o diretor administrativo Heraldo Neves.

Além dos agricultores familiares, produtores de maior porte também podem ser beneficiados, desde que invistam em áreas prioritárias como energia solar, biomassa, irrigação e turismo. O objetivo é fomentar atividades que gerem impacto positivo na economia e no meio ambiente.

Projetos líderes em investimentos

Os projetos de energia renovável, especialmente os de energia solar, lideram os investimentos financiados pelo programa. O vice-presidente do BRDE, Rene Garcia, explica por que esses projetos estão à frente, “A adesão à energia renovável cresceu porque alia economia e autonomia no campo. Por ser acessível e ter retorno previsível, o investimento se torna viável e ajuda a enfrentar um dos principais desafios do produtor, o alto custo com eletricidade. A economia vira reinvestimento, e o ciclo produtivo melhora”. A energia solar tem sido amplamente adotada por produtores que buscam reduzir custos e aumentar a autonomia energética. A biomassa também se destaca, não apenas pela geração de energia, mas pelo papel ambiental relevante, ao contribuir para a redução de gases de efeito estufa.

Mesmo atividades não diretamente contempladas, como a avicultura em larga escala e a suinocultura, podem ser beneficiadas indiretamente. Por exemplo, produtores que instalam painéis solares para uso em criadouros têm seus projetos enquadrados como energia renovável e, portanto, são elegíveis à subvenção.

A pecuária, especialmente a leiteira, é outro setor fortemente beneficiado. Os recursos têm sido aplicados na modernização de processos, aquisição de equipamentos e melhoria da produtividade, sempre com foco na qualidade e na sustentabilidade. 

Como acessar o financiamento

Para acessar os benefícios do Banco do Agricultor, os produtores devem procurar uma das cooperativas de crédito conveniadas ao BRDE. A lista completa de instituições conveniadas está disponível no site do BRDE: www.brde.com.br/transparencia/conveniadas-2.

Projetos com valor acima de R$ 800 mil podem ser submetidos diretamente pelo internet banking do BRDE

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