Iniciativa busca estimular pequenos negócios e impactar comunidades em vulnerabilidade social.
Iniciativa que tem por finalidade oferecer capacitação para quem busca empreender ou já desenvolve pequenos negócios em comunidades periféricas, o programa Mulheres Transformam terá uma etapa dedicada para quem mora no bairro Humaitá, em Porto Alegre, e na cidade de Eldorado do Sul. Beneficiando ao todo 200 mulheres de regiões que sofreram os impactos dos eventos climáticos do ano passado, a nova fase do programa foi lançada nesta quinta-feira (dia 6/11), em evento realizado no Instituto Caldeira, na capital gaúcha.
Nesta nova fase, o Mulheres Transformam será implementado a partir de uma parceria entre o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Instituto Vakinha e o RegeneraRS. Conforme resultados alcançados em com outras turmas, o projeto visa incrementar em até 25% a renda mensal através de pequenos negócios, trazendo maior dignidade e autonomia financeira para mulheres. Informações sobre o programa e como contribuir estão disponíveis no portal do Vakinha.
Além da capacitação através de cursos presenciais (15 horas) e mentorias em formato híbrido ao longo de três meses, o programa irá oferecer apoio financeiro (capital semente) condicionado à participação efetiva nas atividades propostas. O BRDE irá aportar até R$ 200 mil no projeto: cada candidata selecionada receberá R$ 1.000,00. Já as demais despesas administrativas e operacionais, que incluem transporte e alimentação, serão custeadas pelo Vakinha a partir das parcerias que o instituto mobiliza em torno do programa.
Desafios
Antes do lançamento da nova rodada de capacitação, os parceiros do projeto participaram de um painel que abordou os desafios para ampliar o aporte de recursos para iniciativas com efetivo impacto social e econômico. O encontro realizado na Arquibancada 1 do Caldeira abordou a importância de mecanismos de financiamento alavancado, como o matchfunding (doações igualadas), e a construção de parcerias estratégicas para garantir a sustentabilidade e a eficácia de iniciativas.
De acordo com a assessora técnica da Diretoria de Planejamento do BRDE, Juliana Castro, um dos fatores que o banco considera mais relevantes no momento de definir o apoio é o impacto social que o projeto se propõe. “Além dos resultados efetivos lá na ponta que possam mudar a realidade local, o importante é que possam ser replicados em outros territórios”, destacou. Ao mencionar os projetos que o BRDE já está apoiando através do Fundo Verde, Juliana Castro destacou que um diferencial na hora da seleção está na capacitação que é oferecida aos participantes, em especial nas mentorias para buscar o financiamento via matchfunding.
O presidente do Instituto Vakinha, lembrou que a proposta do Mulheres Transformam surgiu a partir da vontade de ampliar o envolvimento do público. “A nossa plataforma de arrecadação precisa ir além da mobilização de causas pessoais e ter impacto maior na sociedade”, explicou. Já a coordenadora de Impacto na Din4mo & RegeneraRS, Manuela Fonseca, relatou os 28 projetos já apoiados pela instituição e mencionou que o modelo de financiamento do matchfunding conseguiu ampliar em até 18 vezes o aporte de recursos em determinadas iniciativas. “Mas é preciso conhecer de perto a realidade que queremos mudar, saber das vontades reais das pessoas”, indicou ela.
VOLTAR