
O Governo do Estado divulgou o edital para adesão de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) ao projeto de créditos de biodiversidade do Paraná. A iniciativa é uma parceria da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), por meio do Fundo Verde.
O objetivo é unir conservação ambiental e geração de renda por meio da certificação de áreas privadas de preservação e da compra de créditos de biodiversidade adquiridos pela instituição financeira.
Essa é a terceira ação financiada pelo Fundo Verde, programa lançado pelo BRDE em 2022, que destina 1,5% do lucro anual da instituição para o apoio a projetos com impacto socioambiental positivo, por meio de recursos não reembolsáveis. Nesta iniciativa, o banco vai investir R$ 2 milhões para fomentar essas certificações de biodiversidade nas 20 áreas privadas já declaradas como de preservação ambiental.
“São R$ 2 milhões em créditos de biodiversidade, uma remuneração para quem conserva áreas verdes no Paraná”, explicou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Esse Estado tão lindo pede consciência ecológica. É a hipoteca social de cuidar que todo proprietário de terra deve ter. E quem cuida, ama. E quem ama, gosta do verde”, afirmou.
ODS – O BRDE se destaca na aplicação prática da Política Estadual de Créditos de Biodiversidade ao viabilizar um projeto concreto em parceria com o Estado, por meio da Sedest. Nesta ação, o governo estadual cobre os custos da certificação das áreas privadas previamente declaradas como de preservação, enquanto o BRDE investe na compra dos créditos de biodiversidade gerados por elas.
A ação faz parte da política oficial definida pela Resolução nº 53 de 2024, que tornou o Paraná o primeiro governo subnacional do mundo a adotar esse mecanismo de incentivo, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os créditos funcionam como reconhecimento financeiro por serviços ambientais prestados, como conservação da vegetação nativa, proteção da fauna e recuperação de ecossistemas.
Segundo o diretor-administrativo do BRDE, Heraldo Neves, a iniciativa demonstra o compromisso do banco com o fortalecimento da biodiversidade. “Queremos áreas preservadas, certificadas e bem manejadas. Queremos que a vida no meio ambiente seja não apenas protegida, mas fomentada”.
O banco já havia atuado com o Fundo Verde em duas outras frentes no Paraná, uma com a Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), apoiando pesquisas científicas voltadas à preservação ambiental, e outra com a Fundação Grupo Boticário, fomentando projetos localizados na Grande Reserva da Mata Atlântica.
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