
Revisão da Moody’s ressalta níveis sólidos de capitalização do banco e ampliação da carteira de crédito.
O crescimento constante no volume de financiamentos, a estrutura de captação ajudando a diversificar as fontes de recursos e os baixos índices de inadimplência no primeiro semestre do ano estão entre os pontos positivos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apontados no mais recente relatório da Moody’s Investors Service. Com isso, conforme mensagem dirigida ao mercado, a agência de classificação de risco manteve a pontuação do banco em Ba2 estável em termos de escala global.
Na nova revisão do rating divulgada nesta quarta-feira (dia 24/9), a Moody’s avalia como “fator-chave” na classificação positiva do BRDE a sua política de diversificação das parcerias com bancos internacionais e a atuação no mercado de capitais. “Como resultado desses esforços, os recursos do BNDES representaram 65,6% dos novos empréstimos no primeiro semestre de 2025, em comparação com 94,0% em 2017”, destaca o documento. No mês de maio, o banco ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em captação no mercado de capitais, através da emissão de diferentes títulos de renda fixa, como as Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCDs) e Letras de Crédito da Agricultura (LCAs).
Para o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, a sequência de avaliações positivas reflete a gestão sólida e a credibilidade que o banco conquistou junto ao mercado. “Estamos crescendo ano após ano no volume de operações de crédito mesmo diante de um contexto muito complicado, com o custo do dinheiro muito elevado. Por isso, a importância de uma instituição de fomento que busque as melhores alternativas para apoiar o crescimento da região Sul”, destacou Ranolfo. O BRDE fechou o ano passado com quase R$ 6 bilhões em novos financiamentos e, atualmente, a carteira de crédito está em R$ 23,7 bilhões.
Inadimplência baixa
Entre as maiores agências de rating do mercado, a Moody´s também destacou o fato da inadimplência (atraso de mais de 90 dias) ter recuado para 0,8% nos primeiros seis meses do ano, mesmo após um cenário de renegociação de empréstimos “com uma parcela considerável das operações relacionadas a eventos climáticos que impactaram o estado do Rio Grande do Sul em maio de 2024”, descreveu o relatório. No primeiro semestre do ano passado, a inadimplência era de 1%. “São indicadores que fortalecem o banco para sempre exercer o seu papel diante de situações emergenciais que possam impactar a produção e os negócios, evitando reflexos na geração de empregos”, acrescentou Ranolfo.
A agência igualmente evidenciou o “papel consolidado como banco de desenvolvimento regional”, em especial no apoio à cadeia do agronegócio nos três estados do Sul. Alertou, porém, para a importância do BRDE prosseguir na diversificação dos fundings, “especialmente se esse financiamento for de menor custo e estável”, além não se afastar de seus fundamentos financeiros que asseguram a qualidade da carteira de crédito.
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