BRDE contrata R$ 800 milhões em financiamentos no primeiro semestre e diversifica fontes de recursos

BRDE contrata R$ 800 milhões em financiamentos no primeiro semestre e diversifica fontes de recursos

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publica hoje (29/08) as Demonstrações Financeiras referentes ao seu desempenho no primeiro semestre de 2018. Informa a contratação de 1.588 novas operações de financiamento, num total de R$ 800,1 milhões destinados a empresas, cooperativas de produção e produtores rurais, empreendedores de projetos de todos os portes, geradores de renda e oportunidades de trabalho em 1.073 (90%) dos municípios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Embora atue apenas na Região Sul, com 35.118 clientes ativos, o BRDE é classificado pelo Banco Central na 15ª posição entre as instituições financeiras nacionais, considerando o tamanho da sua carteira de crédito de R$ 13,8 bilhões. Para o presidente do BRDE, Orlando Pessuti, esse dado demonstra a importância dos bancos regionais no Brasil atuando somente com financiamentos. O BRDE, especialista em crédito de longo prazo e focado no financiamento a investimentos produtivos na Região do CODESUL, “contribui com a desconcentração bancária, concedendo crédito focando na atividade que tem maior potencial de contribuição para o crescimento sustentável do país,” arremata o presidente Pessuti.
Para manter a sua atuação de forma significativa no financiamento aos empreendedores do Sul, o BRDE está trabalhando para incrementar e diversificar as fontes de recursos. Neste semestre, passou a contar também com recursos do FUNGETUR e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), permitindo uma maior diversificação na oferta de crédito a seus clientes.
A principal fonte de recursos utilizada pelo BRDE segue sendo o Sistema BNDES que respondeu por 74,6% das contratações do período, contra um volume que foi de 93%, em 2017. A diferença veio de operações com recursos da FINEP; com 8,8%, operações com recursos próprios, com 5,2%; créditos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), com 4,0%; Caixa Econômica Federal, com 3,1%; FUNGETUR, com 1,7%; e outros, com 2,5%. As principais modalidades do Sistema BNDES utilizadas foram o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), com R$ 214,4 milhões e BNDES Automático, com R$ 122,8 milhões. O BRDE é o segundo maior repassador de recursos do Sistema BNDES na Região Sul do Brasil, e o 7º colocado quando são consideradas todas as instituições financeiras públicas e privadas credenciadas para operar esses recursos em todo território nacional.
O BRDE também se destaca como o maior repassador nacional de recursos do Programa INOVACRED da FINEP, que se destina a financiar projetos de inovação. Foram desembolsados R$ 232,1 milhões até junho de 2018, o que corresponde a 32,8% do total nacional.
Em relação ao desempenho financeiro, o BRDE encerrou o primeiro semestre de 2018 com um resultado líquido de R$ 65,7 milhões, o que representa um crescimento de 3 % em relação ao primeiro semestre de 2017, nível adequado para a atividade do Banco de fomento. O ativo total atingiu o valor de R$ 16,9 bilhões, dos quais R$ 13,8 bilhões referem-se a operações de crédito; R$ 2,5 bilhões dizem respeito às disponibilidades e títulos e valores mobiliários que possibilitam a alavancagem para crédito; R$ 376,5 milhões se referem aos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual; R$ 711,9 milhões a outros créditos; e R$ 27,1 milhões é o ativo permanente da Instituição. Por outro lado, as obrigações somaram R$ 14,3 bilhões, enquanto o patrimônio líquido totalizou R$ 2,6 bilhões.
As operações contratadas pelo BRDE no primeiro semestre de 2018 viabilizarão investimentos totais da ordem de R$ 929,1 milhões na Região Sul, com geração e/ou manutenção de 9.490 empregos e receita adicional de ICMS no montante de R$ 62,9 milhões no ano.

INDICADOR

VALOR

Investimento Total Viabilizado R$ 929,1 milhões
Postos de Trabalho Mantidos e/ou Gerados 9.490
Receita Adicional de ICMS para os Estados da Região R$ 62,9 milhões/ano

O saldo do financiamento, por setor econômico, estava distribuído da seguinte forma ao final do semestre: a agropecuária respondia por 33,5%; a indústria por 24,4%; infraestrutura, 21,1; enquanto que o setor de comércio e serviços representava 21,0% do total.
 
Continuando na sua política de preservar o emprego e a geração de renda, o BRDE firmou contratos de reestruturação de dívidas de seus clientes da ordem de R$ 169,9 milhões, num total de 117 operações, permitindo, com isso, a manutenção do funcionamento de várias empresas com baixo grau de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no médio e longo prazo.
A taxa de inadimplência do BRDE, apesar de estar em um patamar superior ao dos últimos anos em razão ainda dos efeitos da recessão econômica, segue abaixo da taxa média do Sistema Financeiro Nacional (SFN), atingindo 2,84% ao final do semestre.
Balanço completo neste link.

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